Com cerca de 440 paratletas, distribuídos em 22 modalidades esportivas, as Paralimpíadas de Tóquio ganham as atenções do mundo, reafirmando a importância da inclusão e da garantia dos direitos das pessoas com deficiência. O talento brasileiro está sendo representado por 230 (paratletas e técnicos) em 20 modalidades (exceto no basquete e no rúgbi). A competição começou em 24 de agosto e termina em 5 de setembro.

Nesta semana, o Brasil comemorou, entre outras, a vitória do corredor Petrúcio Ferreira dos Santos, que conquistou a medalha de ouro nos 100 metros rasos e se tornou bicampeão, repetindo o feito obtido nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, na classe T46/47 (para competidores com deficiências nos membros superiores). O país também festejou a conquista do ouro pelo nadador Wendell Belarmino, campeão dos 50m livre da classe S11 (para atletas com deficiência visual).

O coordenador nacional de Educação Física, Desporto e Lazer da Federação Nacional das Apaes (Apae Brasil), Roberto Antônio Soares, detalhou que os Jogos Paralímpicos de Tóquio reúnem atletas com deficiência física, visual, intelectual e pessoas com mobilidade reduzida. "Há registros de paratletas que superaram os 70 anos de idade, algo incomum em competição de alto rendimento", disse o professor. 

Ele falou também da projeção mundial da competição. "A cada edição observa-se um avanço técnico desportivo que gera um interesse das grandes mídias na divulgação do evento, que transformam os jogos Paralímpicos em uma imprescindível ferramenta na batalha por uma sociedade mais inclusiva, onde as pessoas com deficiência sejam vistas, valorizadas pelo seu potencial e ocupem mais espaços de direito", disse o coordenador.

Segundo Roberto Antônio Soares, "os grandes eventos esportivos e/ou paradesportivos têm uma magia que inspira pessoas a procurarem, a conhecer e a praticar exercícios físicos e desportivos, e, consequentemente, a execução de atividades regulares tem reflexo positivo na melhoria da qualidade de vida e saúde".

A Apae Brasil promove as Olimpíadas Especiais das Apaes desde 1973. Atualmente, com sua experiência de 48 anos organizando grandes eventos, a entidade tem parcerias com renomadas instituições, como o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a Confederação Brasileira de Desporto para pessoas com Deficiência Intelectual (CBDI), a Fundação Special Olympics Brasil (FSOB) e a Associação Brasileira de Judô Inclusivo (ABJI) - esta última, mais recentemente. 

"Esse esforço da gestão do Presidente da Apae Brasil, José Turozi, em estar ao lado dos órgãos que regem e promovem o paradesporto brasileiro, evidencia a importância em que a Educação Física, Desporto e o Lazer impacta na vida da pessoa com deficiência", afirmou o coordenador Roberto Antônio Soares.